O surgimento
de uma sociedade de informação, conduz à necessidade da escola desenvolver
mecanismos de ensino, que assentem na gestão da informação/conhecimento de que o
aluno dispõe. É por isso imperativo, que a escola repense os seus modelos e
técnicas de ensino e que possibilite aos alunos o desenvolvimento das
capacidades inerentes à aquisição, interpretação, análise, compreensão e
comunicação da informação. Nesta ótica, a ‘sociedade da aprendizagem’, é vista
como um domínio onde as novas tecnologias são cada vez mais requisitadas.
No que
concerne às TIC associadas ao contexto escolar, estas constituem um desafio
para a escola, uma vez que ensinar em torno da era digital contribui para criar
“oportunidades nunca antes vistas para tornar o ensino uma profissão
apaixonante e motivadora, que faça diferença para a sociedade futura. Tais
oportunidades relacionam-se a novos papeis, novos conteúdos, e novos métodos de
ensino e aprendizagem.” (Veen e Vrakking, 2009). Neste contexto, cabe ao
docente construir uma nova ‘identidade’, que diante das novas tecnologias, o prepara
para agir neste novo cenário. Como princípios gerais para a prática educativa
futura temos: a confiança, a relevância, o talento, o desafio, a imersão, a
paixão e a auto-regulação.
Tendo
subjacente estes pressupostos visa-se essencialmente promover o desenvolvimento
integral dos alunos e prepará-los para os desafios de uma sociedade cada vez
mais globalizada, onde a mudança é uma constante irrefutável. A mensagem a reter
associa-se, à formação de jovens com espírito empreendedor, criativos e com
capacidade para dar uma resposta eficiente e eficaz aos mais diversificados
problemas do quotidiano. Em suma, os desafios para a educação e para a escola
do amanhã, passam pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária,
onde impere o respeito e a solidariedade no exercício de uma cidadania plena e
responsável.
Coutinho, Clara, Lisbôa, Eliana. <<Sociedade da Informação do conhecimento e da aprendizagem: Desafios para Educação do século XXI>>. Revista de Educação, vol. XVIII, nº1 (2011): 13-17.